Bem-vindos!

Sejam bem-vindos! Este blog é uma tentativa de exercitar a insanidade de modo construtivo ou de destruir convenções via sanidade. Tanto faz. Caso você se pergunte sobre a minha seriedade aqui, explico com um trecho do Principia Discordia:

"- Você fala realmente sério, ou o quê?
- Algumas vezes eu trato o humor seriamente. Algumas vezes eu trato a seriedade humoristicamente. De qualquer forma, é irrelevante.
- Talvez você só seja maluco.
- Verdade! Mas não rejeite estes ensinamentos como falsos só porque eu sou maluco. A razão pela qual eu sou maluco é porque eles são verdadeiros."

Namastê!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Falando com as paredes

Nomeie objetos inanimados. Se eu pudesse dar apenas um conselho sobre o futuro, seria este: nomeie objetos inanimados. Os benefícios de se nomear objetos inanimados estão comprovados. Já o resto de meus conselhos não tem base confiável além de minha própria experiência. Dado que sou muito jovem pra ostentar conselhos na internet, recomendarei apenas a nomeação.



Quem viu Toy Story ou A Geladeira Diabólica já sabe meu argumento básico: nomear objetos inanimados é uma sábia medida preventiva. Vai que alguns deles (ou mesmo todos, vai saber...) são viventes secretos. Você já pensou que suas meias podem ter vida dupla? À exceção daqueles poucos segundos que você gasta pra eleger um par, as meias rejeitadas teriam o dia todo pra acumular ressentimentos e planejar sufocá-lo(a) durante o sono. Seu sono, leitor(a), não o delas. Porque temos de considerar a séria possibilidade de meias não dormirem... ou de serem sonâmbulas assassinas.
Uma vez desperto pros perigos de sua gaveta de meias, trema ao imaginar um mundo inteiro de objetos “inanimados” com vidas paralelas e rancores reprimidos. Os filmes trash não deixam dúvidas em uma coisa: formas de vida incomuns (zumbis, eletrodomésticos voadores, centopéias humanas...) são hostis, ainda mais quando magoadas. Se você não gosta que esqueçam ou errem seu nome, imagine uma vida inteira sem um nome para ser esquecido. E quanto uma toalha pode viver?
Assim, por prevenção, já nomeei um liquidificador de Sérgio, uma bike de Maria Helena, uma porta de Solange, entre outros tantos. Minha guitarra, Maria Helena II, tem até apelido.
Contudo, quando me senti protegido e contemplei o cenário com calma, descobri outro motivo pra nomear objetos: a compaixão. Nomeá-los é reconhecer sua dignidade como pessoas. É o início de uma convivência digna, baseada na aceitação verdadeira das diferenças. É um gesto de amor.
Nomeie seus objetos “inanimados”. Ajude a construir um mundo melhor e permaneça vivo pra vê-lo.      

3 comentários:

  1. Agora fiquei assustada a respeito das minhas meias...ainda mais que a maioria delas é branca...
    Imagina se estiverem se unindo para formar uma gigante meia branca no meio da madrugada? ui...
    Mas confesso que tenho uma dificuldade muito grande para dar nomes... :P

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  2. O Dino da família dos dinossauros sempre dizia : Tchau paredes!!! Tudo bem paredes?? eu adorava isto kkkk

    Sueli

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  3. Eu tenho uma espada de tai chi chuan chamada ''espada do Lucas'',espero sinceramente que ela não se ofenda com isso visto que objetos mais inofencivos já cometeram verdadeiros massacres retratados que (erradamente)muitas pessoas não assistem....

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