Bem-vindos!

Sejam bem-vindos! Este blog é uma tentativa de exercitar a insanidade de modo construtivo ou de destruir convenções via sanidade. Tanto faz. Caso você se pergunte sobre a minha seriedade aqui, explico com um trecho do Principia Discordia:

"- Você fala realmente sério, ou o quê?
- Algumas vezes eu trato o humor seriamente. Algumas vezes eu trato a seriedade humoristicamente. De qualquer forma, é irrelevante.
- Talvez você só seja maluco.
- Verdade! Mas não rejeite estes ensinamentos como falsos só porque eu sou maluco. A razão pela qual eu sou maluco é porque eles são verdadeiros."

Namastê!

domingo, 13 de março de 2011

REPORTAGEM ESPECIAL - C.I. foi ao show de Tarja Turunen em São Paulo (12/03/11)


Esmagador. Essa é uma das palavras que define razoavelmente o show de Tarja Turunen, soprano finlandesa e ex-vocalista do Nightwish, ontem em Sampa. Sua performance foi intensa, consistente e inspirada. Como ela já mencionou em diversas oportunidades, o público brasileiro é o mais "louco" (sic) e ela respondeu à altura e de modo emocionado ao frenesi do HSBC Brasil lotado. Ao contrário da postura um pouco apática vista em alguns shows desta turnê (compreensível em função do cansaço de apresentações consecutivas em países diferentes), ontem ela estava solta e com ótima presença de palco, vibrou muito com a massa, conversou várias vezes em português e chegou a demonstrar surpresa e decorrente emoção pelo público cantar em uníssono todas as músicas do set. Não é difícil entender a surpresa se compararmos com os videos dos demais shows da turnê, quando todo mundo grita e quase ninguém canta. Ontem todos participamos de um coral sincronizado, robusto e constante. Fico arrepiado quando me lembro.
Além do mais, aproveitando o que disse o Zé João em sua entrevista aqui no blog, a questionável postura do Nightwish ao demitir a Tarja e ao contratar uma vocalista com um timbre de voz completamente diferente gerou uma lacuna definitiva. Assim, o mais próximo que temos de ver e ouvir ao vivo o "velho Nightwish executando seus clássicos" é com a Tarja atual. E ontem nós vimos e ouvimos Wishmaster, Higher Than Hope, Stargazers...
Outro destaque foi Mike Terrana, o batera. O cara é uma figura e levantou o público, especialmente quando quebrou tudo com um solo cabuloso (ops!) em cima da famosa Abertura de Guilherme Tell, de Rossini.
Claro que há ressalvas. Falta de educação e mal-entendidos marcaram a fila. O set list não foi aquele dos meus sonhos; eu faria, pelo menos, duas ou três mudanças (sem contar que considero ainda faltar um certo amadurecimento na maioria das composições). O adjetivo "esmagador", que inicia o texto, descreve muito bem a situação perto do palco. Faltou discernimento de parte do público sobre o papel de uma banda de abertura; e os simpáticos membros da Ecliptyka pagaram o preço da impaciência de alguns.


Ainda bem que guardavam meu lugar na fila quando eu ia ao banheiro...

De qualquer modo, foi uma experiência única. Única. A relação que se estabeleceu entre a vibração louca (mas coesa) do público e a postura intensa da Tarja fez do show uma experiência transpessoal. Aquilo ali virou um organismo enorme, pulsante e docemente insano. Por tudo isso,  posso dizer com tranquilidade que foi o melhor show da minha vida.
As duas fotos acima são minhas. Pensei em postar outras abaixo pra ilustrar, mas minha máquina não compete com as profissionais, de modo que preferi as excepcionais fotos do iG Cultura. Suponho que não há problema em postá-las se eu citar a fonte (Caso queira ver todas, clique aqui). Detalhe: através de várias pistas, identifiquei e assinalei minha mão na primeira foto abaixo (clique pra ampliar).














sábado, 5 de março de 2011

O apocalipse zumbi pode já ter começado!!!

Alarmem-se, crianças: o temido apocalipse zumbi, para o qual temos nos preparado nos últimos anos, pode já ter começado!! Bom, isso você já anunciou no título... Eu sei que anunciei, Zé. Mas foi o jeito impactante que achei pra começar o texto... Mas, se você já disse no título, a repetição no texto não produz impacto algum. Zé, volte pra sua aula de fondue e me deixe continuar. Bom, não me refiro a teorias conspiratórias, indícios dúbios ou profecias do George Romero. As evidências divulgadas nesta quarta-feira (02/03/11) são científicas, envolvendo (1) formigas zumbis e (2) uma origem para a praga quase nunca abordada em filmes: fungos. Nada de ira divina, Necronomicon ou mutações produzidas por cientistas maus ou ingênuos. Apenas fungos.
Na verdade, o fenômeno já era conhecido. E quem sabe há quanto tempo a infecção zumbi começou antes de percebermos. Mas os novos dados, ao revelarem quatro novas espécies de fungos capazes de  infectar formigas, robustecem muito a idéia de que a praga zumbi pode ter se iniciado de um modo bastante sutil, literalmente debaixo do nosso nariz...



Pesquisa descobre fungos que geram 'formigas-zumbis' em MG

Em uma semana, insetos têm sentidos alterados e começam a 'vaguear'. Agora, cientistas querem saber como a relação influencia o ecossistema

Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/03/pesquisa-descobre-fungos-que-geram-formigas-zumbis-em-mg.html



Nova pesquisa publicada no jornal científico "PLoS One" e divulgada nesta quarta-feira (2) identifica quatro novas espécies de fungos capazes de gerar "formigas-zumbis". Isso ocorre no momento em que os fungos infectam os insetos e se distribuem pelo organismo, causando mudança de comportamento e até mesmo a morte de colônias inteiras.
De autoria dos cientistas Harry Evans e David Hughes, o estudo "diversidade oculta em fungos de formigas-zumbis" analisa quatro novas espécies encontradas na Mata Atlântica de Minas Gerais, no Sudeste do país. A pesquisa ajuda a explicar a perda de biodiversidade entre insetos de determinadas espécies, já que cada fungo observado atua em um tipo de formiga.
A ação do fungo é capaz de travar as mandíbulas de formigas carpinteiras, local em que ele encontra condição ideal para começar a se reproduzir, infectando outros hospedeiros. Uma vez instalado, o fungo cresce no organismo e espalha substâncias que têm efeitos colaterais.
A formiga infectada pode ter o comportamento alterado e não conseguir realizar suas atividades normais. Em questão de uma semana, de acordo com a pesquisa, a formiga pode ter seus sentidos totalmente afetados pelo fungo e começar a "vaguear" por perto da colônia. Quando morrem, ajudam a criar o ambiente ideal para a proliferação do fungo.
Segundo os pesquisadores, existem relatos sobre os fungos de "formigas-zumbis" descritos já em meados do século 19 pelo naturalista Alfred Russel Wallace, contemporâneo de Charles Darwin, que encontrou duas espécies do fungo na Indonésia. Agora, autores do estudo querem saber como a ação dos fungos sobre as formigas influencia o funcionamento do ecossistema.

(Nota do C.I.: Ao menos em termos gerais, sabemos o efeito sobre o ecossistema: O APOCALIPSE ZUMBI. Contudo, aproveitando o tenso debate posterior com minha amiga Eveline, não tenho como garantir se o próximo degrau da infecção já contará com zumbis humanos ou se haverá etapas intermediárias com, por exemplo, tamanduás zumbis)