Bem-vindos!

Sejam bem-vindos! Este blog é uma tentativa de exercitar a insanidade de modo construtivo ou de destruir convenções via sanidade. Tanto faz. Caso você se pergunte sobre a minha seriedade aqui, explico com um trecho do Principia Discordia:

"- Você fala realmente sério, ou o quê?
- Algumas vezes eu trato o humor seriamente. Algumas vezes eu trato a seriedade humoristicamente. De qualquer forma, é irrelevante.
- Talvez você só seja maluco.
- Verdade! Mas não rejeite estes ensinamentos como falsos só porque eu sou maluco. A razão pela qual eu sou maluco é porque eles são verdadeiros."

Namastê!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

DRACULA 3000 - Resenha crítica de um filme que você (erradamente) nunca pensou em ver

Inauguro a categoria de resenhas críticas de filmes com um de meus favoritos, o pouco aclamado Dracula 3000. Não se trata do consagrado Dracula, de Bram Stoker, e tampouco daquele Dracula 2000, que já poucos se arriscaram a ver. Como o nome sugere, a história não á ambientada em séculos passados ou na contemporaneidade, mas sim no distante ano 3000... no espaço sideral... (Eu sei. Wow.)
Naquele fictício ano 3000, a humanidade já se tornou uma espécie cósmica, espalhando-se como "uma videira entre os mundos", lembrando Carl Sagan. Nosso hábito de espalhar lixo alcançou outras orbes, de modo que aventureiros vasculham o espaço em busca de algum playstation 3 ainda funcional. É assim que a espaçonave chefiada por Van Helsing (!) encontra outra bem maior e aparentemente à deriva. Ao entrarem, Van Helsing e sua trupe descobrem caixões recheados de um estranho pó ou areia. Quando um inesperado acidente (eu não esperaria... e você?) faz cair uma gota de sangue dentro de um dos caixões, Dracula se recompõe e começa a matança. E assim vai até o final. Mas não se deixe enganar pelo humilde sarcasmo desta resenha: o filme não é (oficialmente) uma comédia.

Para não me alongar demais (em consideração a você, caro leitor, que precisa trabalhar), a nave de resgate é composta pelo tatatatataraneto do conhecido Van Helsing (!!), uma loira pin-up, um fortão, um gênio da ciência que se arrasta em uma cadeira de rodas comum e enferrujada (no ano 3000...), um mano com sotaque carregado do Bronx (no ano 3000...) e mais alguém que eu esqueci e que não faz diferença, porque morreu logo. Aprenda com tantos filmes que esse é o time ideal para qualquer confronto com o sobrenatural... desde que você seja o(a) chefe ou o par romântico dele(a), porque o resto morre.
Agora, tente reconstruir mentalmente o cenário. Uma enorme e  moderna nave do ano 3000, construida pra explorar a imensidão cósmica, capaz de viajar anos-luz com tripulação, mas é feita de parafusos, canos e escadas meio enferrujados, escotilhas, roldanas e fios pendurados (familiares a quem já viu uma fábrica dos anos 80). A nave ainda possui video cassete (não é DVD, nem Blu-ray... é cassete mesmo), TV com antena externa e tubo de imagem, e filtro de água desses de galão azul transparente. Só faltou o frigobar. Tudo isso aparece no filme, bem nos cantos do cenário, além da percepção dos desatentos.  Essa aberração anacrônica espacial transporta o vampiro Dracula, do planeta Transilvânia (!!!). Ao acordar, Dracula quer voltar para a Terra (!!!!) e estender seu banho de sangue ao nosso planeta que, a pensar pela coerência do enredo futurista, ainda deve ter Justin Bieber no topo. Embora seja um futuro em que a religião foi extinta e um crucifixo tão familiar a nós não é reconhecido, os aventureiros se referem ao demônio várias vezes. Mas, substituindo o sarcasmo pela empatia, eu também diria o mesmo diante de um vampiro que corre pela nave com roupas do século XIX e balançando a capa.
Possivelmente esqueci coisas importantes, enquanto subestimei algumas e superestimei outras. Talvez eu tenha inventado parte ou mesmo tudo. Mas lembre-se, leitor tão crítico, que entrei em transe nos primeiros minutos do filme, quando vi que as luzes de um dos corredores da nave eram alimentadas por uma bateria comum bem no canto da cena. Assim, meu testemunho não é confiável.
Apesar disso, como uma mensagem de alento a você que está mergulhado nas pressões e incertezas cotidianas, recomendo que dedique duas horas a Dracula 3000. É um filme que traz, ao final, uma reconfortante sensação de segurança. Não importa quanta besteira você faça no trabalho, em casa ou mesmo com o planeta. Não importa seu relatório atrasado, a bronca do chefe, a greve de sexo do(a) parceiro(a), a tensão entre as Coréias. Algumas coisas ainda estarão lá... incluindo explosões no espaço com muito fogo.
Aos descrentes, o trailer:

6 comentários:

  1. "Dracula se recompõe do pó"??!!
    LOL
    É algo como uma fênix a criatura??
    hahahahaha

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  2. Os imortais são todos assim mesmo. Por isso, sempre desconfio dos cinzeiros...

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  3. isso tudo porque o filme não é(pelo menos oficialmente) uma comédia?
    espero que a resenha não seja resultado de um transe seu porque a coméd....digo filme parece muito bom,e pretendo gastar duas horas da minha vida vendo isso...

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  4. Eu tinha que ser sua amiga??!
    "O senhor do império da escuridão e o capitão de uma tripulação aparentemente inocente... aparentemente??? putz... eu tenho que ver isso.

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  5. Valha me Deus, foi o pior de tudo que já assisti até hoje e olha que já assisti muita coisa ruim. Pra ter ideia faz As aventuras do Didi e O Labirinto ótimos filmes... vc não tem ideia, a primeira vista, parece apenas que é só um mal roteiro, depois vc percebe q história se perde, os atores são ridículos, e por fim parece que orçamento para o filme acaba e começa uma corrida desesperada para jogar o raio da porcaria da nave no sol....Ridiculo!!!!! essa aberração cinematográfica me fez perder 2 horas de vida...e ainda minha mulher falando do lado... amor não fala isso, é assim mesmo daqui a pouco o filme melhora....haaaaaaa!!!!! Horrível!!!

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  6. Filme sem sentido algum, qualquer mortal que for assistir essa comedia vai passar raiva

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